terça-feira, 18 de março de 2014

Curioidades

Série de documentários "História dos Bairros de São Paulo" é destaque na Coleção Circulante da Biblioteca Mário de Andrade
A série História dos Bairros de São Paulo é um projeto da Secretaria Municipal de Cultura, que visa o mapeamento audiovisual, por meio de pequenos documentários dos bairros que compõem a cidade. É possível conhecer tanto os bairros antigos e tradicionais, quanto os bairros mais novos, cujos fundadores ainda estão vivos para contar suas respectivas histórias.
Os 46 bairros contemplados nas duas primeiras edições (2007/2008) foram: Aclimação, Anhangabaú, Barra Funda, Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Brasilândia, Campos Elíseos, Capão Redondo, Capela do Socorro, Centro (Sé), Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Freguesia do Ó, Guaianases, Higienópolis, Itaim Paulista, Itaquera, Jabaquara, Jaraguá, Jardim Felicidade, Jardim São Paulo, Lapa, Liberdade, Luz, M’Boi Mirim, Mercado Municipal e Parque Dom Pedro II, Mooca, Pacaembu, Parelheiros, Pari, Perdizes, Perus, Pompéia (Vila Romana), Santa Ifigênia, Santana, Santo Amaro, São Miguel Paulista, Tatuapé,Tucuruvi, Vila Barreto, Vila Madalena, Vila Maria, Vila Mariana, Vila Matilde e Vila Prudente.
A terceira edição (2009) está em execução e terá 14 curtas-metragens de 28 minutos produzidos sobre os seguintes bairros de São Paulo: Aeroporto, Água Rasa, Anhanguera, Belém, Cambuci, Casa Verde, Consolação, Grajaú, Jaçanã, Perus, República, Sacomã/Heliópolis, Santa Cecília e Vila Nova Cachoeirinha.
E não parou por aí. Em sua quarta edição (2010), a série recebeu até 1º de outubro deste ano propostas de projetos para os seguintes bairros pré-selecionados da capital paulista: Alto de Pinheiro, Aricanduva, Artur Alvim, Butantã, Canindé, Limão, Parque do Carmo, Paulista, Tremembé, Vila Maria e Vila Sônia.

A Biblioteca Mário de Andrade dispõe a seus frequentadores das duas primeiras edições para empréstimo, em sua Seção Circulante, e também para consulta local, no acervo da Coleção São Paulo.

Prefeitura lança coleção de DVDs com histórias de bairros

Coleção de DVDs resgata o passado de 26 bairros paulistanos, contado por seus moradores


Apoiados no parapeito da janela ou atrás do balcão de armazéns podem estar os melhores cronistas de bairro, que acompanham com atenção as mudanças nas ruas e no perfil da vizinhança. Um deles é o aposentado João Batista da Silva Junior, morador de Perdizes desde 1926, o ano de seu nascimento. Durante duas décadas ele redigiu um jornalzinho com notícias do time de futebol da região, o 25 de Janeiro. Em edição semanal única, escrita a caneta, o Nosso Jornal circulava de mão em mão, com fotos dos jogadores coladas na capa e alguns desenhos que explicavam lances polêmicos.

As memórias de João Batista, que mostram uma São Paulo bucólica e solidária, estão registradas no filme Perdizes, as Glórias da Várzea, um dos 26 documentários reunidos na coleção História dos Bairros de São Paulo*. As outras regiões retratadas são Barra Funda, Bom Retiro, Brás, Brasilândia, Campos Elíseos, Capão Redondo, Capela do Socorro, Cidade Tiradentes, Freguesia do Ó, Higienópolis, Itaim Paulista, Jabaquara, Jardim Felicidade, Jardim São Paulo, Liberdade, Luz, Mooca, Pacaembu, Perus, Pirituba, São Miguel, Vila Madalena, Vila Maria, Vila Matilde e Vila Prudente.

O bairro do Brás serviu de inspiração para a música de Adoniran Barbosa – Samba do Arnesto

“O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos, não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez, nós num vai mais
Nós não semos tatu!”




Restaurantes

Cantina do GIGIO

A cantina do GIGIO  remota a década de 60,mais precisamente ao ano de 1967 é uns dos restaurantes mais famosos do Brás e a decoração do ambiente traz uma sensação de conforto e de um pouquinho da Itália encanto gerações a mais de 5 décadas.






















Cantina do Marinheiro
 

 A cantina do marinheiro em desde a década de 40 ,quando marinheiros italianos que vinheram para o brasil e até os dias de hoje, a Cantina do Marinheiro vem encantando gerações de amantes das delícias do mar. Durante todos esses anos é fácil encontrar aqueles que frequentaram o restaurante com seus país, com seus filhos e agora estão às mesas da Cantina do Marinheiro com seus netos.






Bairro do Brás antes e depois .



































Nas duas imagens acima mostra o bairro do brás na década de 40 e ele no início dos anos 2000.























nas duas imagens acima mostra a evolução do transporte no bairro do brás !

Problemas Sociais

Problemas Sociais

 
 
Andar pelas ruas do Brás, um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, dá um misto de orgulho e tristeza.
Orgulho por pensar que as edificações mais importantes da industrialização paulista, que as atividades econômicas que ajudaram a alavancar o crescimento da cidade e que o encontro de várias culturas e povos tiveram o Brás como um dos principais palcos.
A tristeza vem só por olhar ao redor. Hoje boa parte do Brás está degradada e, apesar há promessas, com poucas perspectivas reais de mudança.
Fezes de mendigos nas ruas, o comércio informal, atividades ilegais, tráfico de drogas, roubos e furtos, prédios descaracterizados e caindo aos pedaços, prostituição, má condição das vias. É só passear pelas ruas próximas ao Largo da Concórdia para se chocar.
Muito do que é ilegal está no Brás hoje, desde os camelôs que trabalham sem nenhum tipo de permissão passando pelos ônibus clandestinos que partem para o Nordeste, pela venda e consumo de entorpecentes na luz do dia até as oficinas que em plena era digital, da modernização fabril, escravizam imigrantes latinos.
Andar pelas ruas do Brás não dá sensação de segurança. Mas olhar para o que restou dos prédios antigos ainda permite sentir um pouco do espírito de luta e desenvolvimento que por lá pirou um dia.


Pontos turísticos

Pontos turístico


Estação Brás

Escola de samba Colorado do Brás
Comércio popular da região da Rua Oriente, Rua Maria Marcolina e Largo da Concórdia
Congregação Cristã no Brasil (sede internacional desde 1954)
Igreja de Bom Jesus do Brás
Centro Cultural Mazzaroppi
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos
Igreja Mundial do Poder de Deus (sede Mundial)



Clubes e instituições

Clube Independência
Esporte Clube Nião Silva Telles
Federação Paulista De Futebol De Salão
Instituto Cultural Conserv. Musical Heitor Villa Lobos
 

Shoppings centers

Mega Polo Moda Shopping
Shopping 25 Brás
Shopping Marcolina
Shopping Oriente

A chegada dos imigrantes

OS IMIGRANTES

 
 

A forte presença de imigrantes, em especial italianos, caracterizou o bairro nessa época. Os que chegavam da Europa e de outros lugares ao porto de Santos eram levados de trem até São Paulo e de lá encaminhados para a lavoura de café no interior do Estado. Outros ficavam na cidade atraídos pela indústria e comércio. Para receber e dar abrigo provisório aos imigrantes, começou a funcionar, em 1882, no Bom Retiro, uma hospedaria. Como o local mostrou-se inadequado, foi construída a Hospedaria de Imigrantes, localizada no Brás, para substituir a antiga edificação. Construída ao lado dos trilhos do trem, a Hospedaria de Imigrantes recebeu seus primeiros "hóspedes" em 1887.
O Brás cresceu com a chegada dos imigrantes. Novas ruas e alamedas foram abertas.
Em 1903, uma nova e maior igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi inaugurada.
A antiga, construída por José Brás e reformada em 1803 por José Corrêa de Morais, seria demolida no ano seguinte. Entretanto, o bairro era humilde, muitas ruas ainda eram intransitáveis e, durante a época das chuvas, as águas do rio Tamanduateí tomavam as ruas do Brás. No século 20, o Brás mudou de feição. A partir da década de 40, o bairro passou a receber os milhares de migrantes nordestinos que chegavam à cidade todos os dias a procura de uma vida melhor. O reduto de italianos conheceu o crescimento desordenado e a decadência. Na década de 70, com a construção das estações Brás, Pedro 2º e Bresser do Metrô, centenas de casas foram desapropriadas e milhares de pessoas perderam suas casas. Hoje, as ruas do bairros são sinônimo de comércio popular.
Como outros bairros paulistanos com fortes traços de imigração italiana, o Brás também criou sua festa tradicional. É a festa de São Vito, comemorada nas ruas do bairro desde 1919. Em 1895, um grupo de imigrantes italianos trouxe a imagem de São Vito Mártir para o Brasil. O santo começou a ser reverenciado no bairro e, em 1940, foi criada a paróquia de São Vito.



A história do bairro "Brás"

               

A história do bairro

 

O bairro do Brás, situado na região central de São Paulo, nasceu como uma região de chácaras, cresceu e se desenvolveu como bairro operário e "pátria" dos imigrantes italianos, depois acolheu os migrantes nordestinos, conheceu sua decadência e deterioração urbana e hoje é conhecido como um dos principais centros do comércio popular na cidade, destino diário de milhares de sacoleiros e sacoleiras de todo o Brasil.
A origem do Brás está ligada à figura do português José Brás. Diz a história que José Brás, proprietário de uma chácara na região, teria construído a igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, ao redor da qual desenvolveu-se um povoado que daria origem ao bairro do Brás.
A região era conhecida como paragem do Brás, pois servia de parada para os que se dirigiam da freguesia da Sé à freguesia de Nossa Senhora da Penha, onde já existia um povoamento desde o século 17. Esse caminho de 1,5 léguas, conhecido como estrada da Penha, compreende hoje as avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia. Pelos registros históricos, havia, pelo menos desde 1744, procissões que conduziam a imagem de Nossa Senhora da Penha de França da igreja da Penha até a igreja da Sé, no centro, usando a estrada da Penha. Com a sua construção, a igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, na paragem do Brás, passou a ser ponto de parada obrigatória dessas procissões, o que contribuiu para o desenvolvimento da região. Então, em 8 de junho de 1818, o Brás foi alçado à categoria de freguesia e a igreja construída por José Brás tornou-se a sua matriz. Nascia assim o bairro do Brás. Mesmo assim, o Brás era um bairro despovoado, com imensas áreas vazias e com fortes características rurais, com suas chácaras e atividades agrícolas. As inundações do rio Tamanduateí impediam um crescimento mais acelerado do bairro e o isolavam do centro da cidade. Em 1836, um recenseamento apontava que a população do bairro era de 659 habitantes. Um levantamento de 1865 totalizava 164 casas.O Brás, entretanto, fazia a ligação entre a colina de São Paulo e a da Penha. Era também caminho para o Rio de Janeiro e Vale do Paraíba. E crescia com a doação legal de terras e também com a posse ilegal de terrenos devolutos. Gente humilde construía suas casas de taipa ao lado de chácaras de famílias ricas. Viajantes descreviam o bairro como um conjunto de "elegantes casas de campo e chácaras", onde residiam famílias abastadas, ao lado de "casebres e ranchos menos aristocráticos". A partir da segunda metade do século 19, a cultura do café impulsionou a urbanização e industrialização da cidade de São Paulo. Chegaram à cidade os trilhos da São Paulo Railway, que ligava Santos a Jundiaí. A estação do Brás foi inaugurada em 1867 e, ao longo desses trilhos, desenvolveu-se a indústria e o pequeno comércio. Com seus terrenos baratos e sujeitos a inundações, Brás e Mooca tornaram-se o principal destino da maioria dos trabalhadores que chegavam à cidade.